Carriola das letras

Um pouco de tudo do todo!



"Desde que descobrira - mas descobrira realmente com um tom

espantado - que ia morrer um dia, então não teve mais medo da vida,

e, por causa da morte, tinha direitos, arriscava tudo." (C. Lispector)



Todo esse medo que nos envolve, paralisa, faz com que muitas coisas não nos cheguem, não nos alcancem, porque nós mesmos não chegamos até elas, não as buscamos, tudo por medo...

E perdemos tanto, tantas vezes...


Lembrei de um filme que traduz exatamente o que Clarisse Lispector disse: "Antes de Partir", conta a história de dois senhores, os dois com câncer, um deles com poucos meses de vida.

Carter, já desenganado, subjulgado à morte, resolve escrever uma lista de coisas que ainda quer fazer antes de sua morte, e os dois embarcam nessa aventura de busca pela satisfação, prazeres e felicidade. E vão, sem medo, arriscar por direito o que lhes era permido.

A verdade é que perdemos muito tempo, por medo, simples e puramente por medo.


"Quero te dizer também que nós, as criaturas humanas, vivemos muito (ou deixamos de viver) em função das imaginações geradas pelo nosso medo." (Ligia Fagundes Telles)


Permita-se...


Trilha sonora deste posts aqui.


Boa semana!


Bruna C.




Estou vivendo um momento em que eu não me reconheço. Não reconheço as pessoas à minha volta, minhas atitudes, e as atitudes delas para comigo.

Não, esse mistério sobre mim não me assusta, até mesmo porque as mudanças são muito boas, penso eu...

Outro dia ouvi que certo momento da vida a gente se livra de tudo o que nos faz mal, nos deprime, porque aprendemos a ter amor próprio!

Estou feliz! Acredito estar vivendo esse momento. Sinto que estou amadurecendo, cuidando mais de mim e das pessoas que eu amo ou que só passam pela minha vida.

Sinto agora que tudo tem um propósito e que tudo o que vivi tem contribuído para o que sou hoje.

Acho que estou vivendo a primavera da minha juventude. Posso até sentir o perfume, o calor!

Como é bom...


Ao som de : Rod Stwart e Amy Belle - I dont want to talk about


Bruna Carolini.



Todos os dias as coisas mudam,
Todas as coisas mudam os dias.

Os dias mudam as coisas,
E as coisas mudam voc
Assim como os dias mudam as coisas em você.

Mas, o que tem feito você para mudar as coisas em seus dias?

Bruna C.

Confira aqui a trilha sonora: Que país é este - Legião Urbana.



Recebi este selo do "O bom e velho clichê!" ~>http://obomevelhocliche.blogspot.com/

Que é Prêmio Dardos?

O Prêmio Dardos é um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

Aqui vão as regras:

- Exibir a imagem do selo no blog.

- Exibir o link do blog que você recebeu a indicação.

Escolher 10, 15 ou 30 blogs para dar indicação, e avisá-los.

Indicações:
http://outrocafeporfavor.blogspot.com/

http://mirongas.blogspot.com/

http://intolerante-rm.blogspot.com/

http://intervaloscomerciais.blogspot.com/

http://babicarolinaa.blogspot.com/

http://cafequenteesherlock.blogspot.com/

http://mdiias.blogspot.com/

http://aqueledodread.blogspot.com/

http://un-necessary.blogspot.com/

http://cafecomnoticias.blogspot.com/

http://euinwonderland.blogspot.com/







Dia desses, saindo de casa toda atrapalhada e cheia de livros, aconteceu algo que agora me motiva a escrever esse texto.
Um senhor com roupas sujas, me vendo com tudo aquilo de livros e cadernos disse:
- Indo estudar filha?
Antes mesmo que eu respondesse ele emendou:
- Isso mesmo, estuda, porque eu não estudei e virei "passador de veneno"!
Disse isso com um sorriso imenso e seguiu andando. Não consegui responder, ele já havia ido...
Foi aí que eu parei, com todo aquele peso, no braço e na consciência, e consegui ver o contraste: um senhor que trabalha de sol a sol por não ter tido as mesmas oportunidades que eu por exemplo, que sempre frequentei a escola.
Então comecei a buscar na lembrança tantos outros contrastes, algumas imagens me vieram à mente...
Um senhor puxando um carrinho com reciclagem e um outro senhor em uma BMW com motorista...
Uma criança saindo do colégio, o maior e mais caro, acompanhada pela mãe e do outro lado da rua uma criança sozinha vendendo balas no semáforo...
Tantos outros, que eu e você sabemos tão bem...
Nesse momento tive medo. Medo de não mais perceber esses contrastes, medo que minhas pupilas se acostumem. Na mesma hora fiz um pedido:
-Que meus olhos, por mais cansados que estejam, nunca deixem de perceber os detalhes, os contrastes da vida, e que minha boca não se cale.

Ao senhor que com aquelas poucas palavras fez tudo isso:
- O senhor não é menos humano, não é menos importante, menos sábio nem menos VIDA que qualquer diplomata. Se por um lado o senhor não conhece várias línguas, por outro tem muita gente que não sabe como acabar com uma erva daninha, que impede que vejamos o belo. O senhor naquele dia matou a erva daninha das minhas pupilas!

"NÃO HÁ SABER MAIS OU SABER MENOS, APENAS SABERES DIFERENTES." (Paulo Freire)



Confira a trilha sonora aqui: Brasis - Seu Jorge





Em um certo momento da vida a gente para e pergunta pra si mesmo:
"-Ei... espera aí, é só isso? Só isso que eu penso? Só isso que eu faço?
Só isso que eu represento? Ei! A minha vida é mesmo só isso?!"
E aí vem o desespero, a frustração... Medo de ter tomado as decisões erradas,
de ter escolhido o tal do caminho errado. Medo de não ter volta, medo de não saber voltar. E será que tem como? Será que há tempo? Será que eu quero? Será que não é pra ser assim, do jeitinho que é? E se não for? Como é que eu vou saber? Mas, será que eu tenho que saber? Será que eu quero?
Porque tudo é uma questão de escolha, questão de querer ou não. E aí eu paro pra ver no que vai dar, porque tudo é uma questão de tempo também... Porque em alguma coisa vai dar , aí a gente vê o que faz... ou não faz, não fez né...
Porque acima de tudo a questão não é a escolha, não é o tempo, a questão é a VIDA, ou melhor a vida é que é a questão.

Bruna.

Trilha sonona aqui: Tempo perdido - Legião Urbana.

Quero compartilhar com você uma inquietação minha, que faz um certo tempo tem me incomodado e colocado essa grande dúvida em meus mais constantes pensamentos:
“Cadê os finais felizes?”
Sim, estranha pergunta, concordo. Mas se parares para pensar nos teus dias encontrará sentido, coerência para o que eu estou dizendo, ou melhor, provocando em você.
Em minha infância era tão comum ouvir nas histórias de príncipes e princesas, nas empolgantes aventuras um final feliz, não era? Já reparou que ultimamente a maioria dos filmes, livros, novelas e demais produções as quais estamos expostos não têm mais aquele delicioso e reconfortante desfecho que nos deixava boquiabertos?
Talvez esteja pensando “nossa, que desejo mais piegas!”, mas devo confessar-lhes, piegas ou não sinto falta do tempo em que minhas leituras, viagens a bordo da tela me presenteavam com o lindo final feliz, que encantavam os olhos e que se me fizessem chorar seria no máximo de emoção, felicidade e esperança de que aqueles belos finais poderiam um dia acontecer comigo.
Ultimamente, minhas lágrimas surgem por tristeza, e depois de assistir ou ler o sofrimento que não me pertence, tenho ainda de encarar as minhas próprias angústias. Será que é comum a arte recorrer à tristeza para buscar inspiração? Será que a felicidade tornou-se “piegas”?
Posso estar com caraminholas na cabeça, ou então não sei escolher muito bem. Espero realmente que seja isso e que logo encontrarei o final feliz que eu tanto preciso. Que você, todos nós precisamos.

Enquanto espero vou cantando com Vinícius...

“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza” (Samba da Benção)

Há de se ter utilidade e beleza na tristeza...até mesmo na tristeza...